Epagri-SC testa 16 variedades de batata-doce em Curitibanos para conhecer o potencial produtivo

​A avaliação e demonstração teve presença de 40 pessoas​

04/06/2025 | Assessoria de Comunicação - Epagri/SC | Gisele Dias

Foto: Reprodução/Epagri-SC

Conhecer a grande diversidade de variedades disponíveis para cultivo é uma informação que deve balizar a família que produz batata-doce em Santa Catarina. As opções são várias e a escolha correta pode resultar em maior produtividade e, consequentemente, mais lucro para o agricultor familiar. 

“A maioria dos materiais de batatas-doces plantados nas propriedades é de variedades desconhecidas”, relata a extensionista da Epagri em Curitibanos, Juliana Golin Krammes. Por isso, ela reuniu 40 pessoas na demonstração e avaliação a campo de 16 variedades de batata-doce. O evento foi realizado no dia 22 de maio, na propriedade do casal Sebastião e Maria Cleuza de Souza, na Comunidade do Passo do Marco. Na ocasião, técnicos e produtores rurais de Curitibanos, Frei Rogério e Brunópolis puderam conhecer o potencial produtivo dos materiais na região.

“É importante o produtor conhecer o material que multiplica na propriedade de acordo com suas características e atentar para o plantio de mudas isentas de fungos e doenças”, esclarece Juliana. Ela conta que, no evento, os produtores rurais e técnicos tiveram contato com a diversidade de cultivares de batata-doce disponíveis para plantio. Eles se diferenciam nas cores de casca e polpa, que podem ser creme, alaranjada ou roxa. Os participantes do evento também testemunharam os resultados da avaliação das variedades após o cozimento,  o que, segundo a extensionista, é uma importante característica para a comercialização. 

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Variedades também foram avaliadas após o cozimento

Cultivares da Embrapa e da Epagri ficaram entre os mais produtivos

O teste avaliou cultivares desenvolvidos pela Epagri, pela Embrapa e também mudas vindas direto de produtores, que não saíram de um programa de melhoramento genético. As campeãs de produtividade, com 45 toneladas por hectare (t/ha), foram a BRS Anembé, desenvolvida pela Embrapa, e a Roxa 760. Em seguida aparecem dois cultivares da Epagri: a SCS370 Luiza (42 t/ha) e a SCS372 Marina (39t/ha). A batata-doce Paulista, cultivada a partir de mudas da região, alcançou produtividade de 36 tha. Na sequência ficaram três cultivares da Epagri: SCS371 Katiy (27t/ha), SCS 367 Favorita e SCS368 Ituporanga, ambas com 25 t/ha. 

Também foram testados os cultivares BRS Cotinga, da Embrapa, que alcançou produtividade de 21t/ha, a Beauregard (19t/ha), a Brazlândia Roxa (14t/ha) e a BRS Cuia, da Embrapa, com 11t/ha. Os cultivares da Embrapa BRS Amélia e CIP BRS Nuti produziram 10 t/ha, enquanto que a SCS369 Águas Negras, da Epagri, alcançou 7t/ha. Por fim aparece a BRS Rubissol, da Embrapa, com 4t/ha. 

As variedades testadas vieram de duas Unidades de Referência Técnica (URTs) da região, que realizaram o plantio nos dias 27 de novembro e 11 de dezembro de 2024. URTs são propriedades rurais selecionadas pela Epagri para implantação de tecnologias e que depois servirão de modelo para outras famílias agricultoras. Para testar as batatas-doces, as famílias rurais receberam, sem custo, as mudas, análise de solo e recomendação de adubação para o plantio.

A extensionista Juliana Golin Krammes foi a responsável pela atividade

Quem esteve presente à avaliação pôde ainda conferir a apresentação da extensionista Juliana sobre a implantação das unidades, fertilidade e preparo do solo. Na sequência, o pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Ituporanga, Gerson Henrique Wamser, apresentou as variedades e falou sobre o manejo da cultura-batata doce em geral. O fitopatologista da Estação Experimental da Epagri em Ituporanga, Edivânio Rodrigues de Araújo, falou sobre as principais pragas e doenças que atacam a cultura e as alternativas de controle. Após a demonstração a campo, foi feita a degustação de todas as variedades. 

Juliana destaca como fundamental para a atividade o apoio do engenheiro-agrônomo da Embrapa de Canoinhas, Antonio Cesar Bortoletto, que enviou as mudas dos cultivares desenvolvidos por aquela unidade de pesquisa. A batata-doce é uma fonte importante de nutrientes, como vitamina A e C, e antioxidantes. Segundo Juliana, ela é um alimento de destaque na agricultura familiar e na alimentação humana.

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