Ataques de abelhas na área urbana: Epagri explica por que acontecem e como se proteger

Embora esses insetos sejam fundamentais para o equilíbrio ambiental e para a agricultura, sua presença em locais próximos à circulação de pessoas pode gerar situações de risco​

13/10/2025 | Assessoria de comunicação - Epagri

Reprodução - Epagri

​Os casos de ataques de abelhas em áreas urbanas chamam a atenção em Santa Catarina principalmente na primavera e no verão, quando as colônias estão mais populosas e o risco é maior. Embora esses insetos sejam fundamentais para o equilíbrio ambiental e para a agricultura, sua presença em locais próximos à circulação de pessoas pode gerar situações de risco. 

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Segundo o chefe da Divisão de Estudos Apícolas da Epagri, Rodrigo Cunha, as abelhas não são agressivas, elas são defensivas.Isso significa que elas só atacam quando percebem que sua colmeia está ameaçada. “O problema costuma ocorrer quando enxames se instalam em lugares como telhados, árvores ocas, bueiros, entulhos ou galpões, e acabam sendo perturbados por barulho, vibrações ou movimentações, como um corte de grama, uma obra. Se um enxame for perturbado, pode desencadear uma reação de ataque das abelhas”, diz ele.

O que fazer em caso de ataque

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Se um enxame for perturbado e desencadear um ataque, a orientação é:

– Afaste-se imediatamente do local, de preferência correndo em zigue-zague ou buscando abrigo em ambiente fechado (casa, comércio, veículo);

– Assim que estiver em segurança, retire os ferrões raspando a pele com uma lâmina ou cartão (sem apertar com os dedos);

– Lave a região com água corrente e aplique gelo para reduzir o inchaço;

– Procure atendimento médico em caso de múltiplas ferroadas ou se surgirem sinais de reação alérgica, como falta de ar, inchaço generalizado ou queda de pressão.

Rodrigo lembra que qualquer pessoa pode entrar em risco de morte após uma grande quantidade de ferroadas. Já indivíduos alérgicos podem sofrer reações graves até mesmo com apenas uma picada.

Enxames instalados: como agir

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Na primavera e no verão ocorre o fenômeno da enxameação, quando a colônia de abelhas se divide e parte da família migra para ocupar um novo local. Também pode ocorrer o abandono da colmeia, situação em que toda a família deixa a colônia em busca de outro abrigo. Em ambos os casos, é comum que esses enxames se desloquem até ambientes urbanos em busca de locais adequados para se instalar.

É relativamente comum observar enxames de abelhas se amontoando temporariamente em árvores, varandas ou beirais de casas. Rodrigo explica que, quando isso ocorre, trata-se apenas de uma “parada” antes de seguirem para outro local, o que pode acontecer em poucas horas ou dias. “Nessas situações, o ideal é não mexer e apenas manter distância e isolar o local”, recomenda. 

Já quando o enxame está fixo, instalado em um ponto que oferece risco — próximo a áreas de circulação de pessoas, escolas, creches ou locais com animais —, a recomendação de Rodrigo é acionar um serviço profissional para a retirada do enxame do local. “Nunca tente retirar a colmeia por conta própria, pois a falta de conhecimento e equipamentos de proteção pode desencadear um ataque grave”, alerta.

A importância das abelhas

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Muito além do mel, as abelhas prestam um serviço essencial para a humanidade: a polinização. Estima-se que 75% das plantas agricultáveis do mundo dependam delas para produzir e de 30 a 80% das plantas nativas dependem das abelhas para sobreviver: “Sem esse trabalho, haveria queda na produção de frutas, hortaliças e grãos, além de impactos severos na biodiversidade”, ressalta Rodrigo.

Em Santa Catarina, a apicultura também é uma importante fonte de renda, com destaque para a produção de mel de alta qualidadee derivados como própolis, pólen e geleia real.

Mais orientações técnicas sobre segurança com abelhas podem ser acessadas no portal da EpagriCiram.

Mais informações e entrevistas:

Rodrigo Cunha, chefe da Divisão de Estudos Apícolas da Epagri, fone: (48) 3665-5292

Informações para a imprensa:
Isabela Schwengber, assessora de Comunicação da Epagri: (48) 3665-5407/99161-6596

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