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Cacau ganha força em Sergipe e consolida nova fronteira agrícola no estado


Expansão da área de produção, aumento do número de produtores e apoio técnico da Emdagro impulsionam produção, renda e diversificação no campo sergipano


29/12/2025 | Assessoria de Comunicação - Emdagro/SE


Foto: Emdagro-SE

A cultura do cacau vive um momento histórico em Sergipe. Em poucos anos, a atividade deixou de ser quase experimental para se consolidar como uma alternativa real de produção e renda no campo, especialmente nas regiões sul e centro-sul do Estado. Os números de 2025 não deixam dúvida: o crescimento foi exponencial, tanto na área plantada quanto no volume produzido e no faturamento gerado aos produtores.


O número de agricultores envolvidos com a cultura do cacau saltou de 17 para 52 produtores, um aumento de 200%, demonstrando o interesse crescente pela atividade e a confiança no seu potencial produtivo e econômico. Paralelamente, a área em produção quase dobrou, passando de 26 hectares para 51 hectares em 2025, distribuídos em oito municípios sergipanos.


Esse avanço refletiu diretamente na produção. A colheita de amêndoas de cacau saiu de 9,5 toneladas em 2024 para 15,9 toneladas em 2025. Comercializadas em arrobas — cada uma equivalente a 15 quilos —, as amêndoas garantiram um volume de vendas estimado em R$ 442.390, considerando o preço médio de R$ 415 por arroba praticado no mercado.


Além da venda tradicional das amêndoas, a cadeia do cacau em Sergipe começa a dar sinais claros de diversificação. No município de Arauá, o produtor Manoel da Conceição já agrega valor à produção ao comercializar o chamado mel de cacau, um subproduto extraído da polpa do fruto. Somente em 2025, ele vendeu mil litros do produto, ao preço de R$ 15 o litro, abrindo novas possibilidades de renda e inovação no campo.


Boa parte desse desempenho positivo tem a marca da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). A instituição tem atuado de forma estratégica em toda a cadeia produtiva do cacau, com investimentos consistentes em assistência técnica e extensão rural. Entre as ações estão a realização de Dias de Campo, a distribuição de 10 mil mudas clonadas de alta produtividade das variedades CCN51, CCN10 e PS1319, doação de adubos, entrega de 10 kits de irrigação, além do acompanhamento técnico permanente em seis Unidades Demonstrativas.


A Emdagro também promoveu intercâmbios técnicos em outras regiões do país e desempenhou papel decisivo na articulação comercial. Como resultado, a indústria Cargill Alimentos, de Ilhéus (BA), instalou um posto avançado de compra de cacau no município de Arauá. A empresa adquire a produção pelo preço de referência do dia e realiza o pagamento via PIX, garantindo agilidade e segurança financeira aos produtores — dinheiro direto no bolso, sem atravessadores.


Outro ponto estratégico é o apoio qualificado e a disponibilização de um técnico responsável junto ao Ministério da Agricultura e da Pesca (Mapa) ao primeiro viveiro de mudas clonadas de cacau em Sergipe, fortalecendo a base genética da cultura e assegurando produtividade e qualidade no médio e longo prazo.


Para o diretor de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa da Emdagro, Jean Carlos Nascimento Ferreira, o sucesso da cultura do cacau no Estado é resultado direto de uma política pública bem articulada.


“A consolidação da cultura do cacau em Sergipe se dá, sobretudo, pelo apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), executado pela Emdagro. Estamos presentes do plantio à comercialização, garantindo assistência técnica, acesso a tecnologia e mercado para o produtor”, destaca.


Com resultados concretos, renda crescente e mercado garantido, o cacau deixa de ser promessa e passa a ocupar, definitivamente, um lugar de destaque no cenário da agricultura sergipana. “É tradição agrícola se reinventando, com tecnologia, visão de futuro e política pública que funciona”, sintetizou Jean.



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