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Expoagro Afubra 2025 - Potencial do capim vetiver para o conservação do solo é apresentado
Em uma área de 15.500m², a Emater/RS-Ascar apresenta 20 parcelas temáticas relacionadas à diversificação das atividades produtivas, geração de renda, qualidade de vida, cuidados com o meio ambiente e à permanência do jovem no campo.
27/03/2025 | Assessoria de Comunicação - Emater/RS
Foto - Reprodução Emater-RS
Os visitantes que passam pela parcela de Ajardinamento e Floricultura do Espaço Casa da Emater, na Expoagro Afubra, em Rio Pardo, muitas vezes voltam seu olhar para as gramíneas altas, em forma de touceira, que ladeiam a parcela. Abaixo da estrutura aérea das plantas, uma trincheira foi aberta com o objetivo de visualizar a profundidade do sistema radicular que pode ultrapassar os cinco metros. "A verdade é que a gente já apresenta essa gramínea há umas cinco feiras, mas nunca com um destaque maior para a sua capacidade de contenção da erosão", salienta o extensionista da Emater/RS-Ascar João Antônio Leal da Silva.
A percepção mudou desde o ano passado, quando as enchentes de maio devastaram a região dos Vales e fizeram tanto agricultores quanto Emater/RS-Ascar repensar alternativas com um viés mais conservacionista, de renovação do solo. "E é aí que entra o vetiver, que não apenas tem essa capacidade de controlar as perdas de solo por erosão, mas proporcionar também uma barreira física, que impede o deslocamento de camadas superficiais de terra", aponta o extensionista. Ele explica ainda que a planta tem outras finalidades, como o uso no paisagismo e como capim para palhada em cultivo orgânico, dada a sua rusticidade e resistência frente a variações climáticas extremas.
Além do destaque para o vetiver, na parcela também está sendo trabalhado o processo de enxertia na araucária - método que consiste em "acoplar" uma planta na outra, com o objetivo de promover algum tipo de melhoramento. "No caso da araucária, apresentamos uma experiência desenvolvida pela Embrapa Florestas (PR), em que o enxerto em uma planta base, também chamada de 'cavalo', possibilita o florescimento dos pinheiros em épocas do ano diferentes, e a produção de pinhão ao longo do ano", explica Leal. Entre as vantagens está a preservação das características da planta mãe - não havendo variabilidade genética -, além da aceleração do tempo de início de produção, que cai pela metade (de doze para seis anos).
Todo esse trabalho, de acordo com o extensionista, dialoga com um dos temas centrais do Espaço Casa da Emater, que é a Sustentabilidade o outro é os 70 anos da Ascar. Na parcela, como ocorre tradicionalmente, a produção de plantas ornamentais é apresentada como alternativa para a diversificação e geração de renda na agricultura familiar. "A nossa região tem por hábito a atenção aos entornos, ao acolhimento, aos cuidados com o jardim e a paisagem rural, aos acessos e ao embelezamento, e este pode ser um campo para investimento", avalia.
Em uma área de 15.500m², a Emater/RS-Ascar apresenta 20 parcelas temáticas relacionadas à diversificação das atividades produtivas, geração de renda, qualidade de vida, cuidados com o meio ambiente e à permanência do jovem no campo. Até sexta-feira (28/03), serão apresentados, além da Fruticultura, os temas Apicultura e Meliponicultura, Agroindústria Familiar, Artesanato Rural, Bovinocultura de Leite, Cozinha Show, Cooperativismo, Erva-mate, Ajardinamento e Floricultura, Morango em substrato, Olericultura, Plantas Bioativas, Processamento de Carnes, Pecuária Familiar, Piscicultura, Saneamento Ambiental, Secagem e Armazenagem, Solos, Tecnologia da Aplicação e Turismo Rural.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar na Expoagro Afubra
Jornalista Tiago Bald
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