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Agraer-MS destaca cultivo de pitaya como alternativa de renda no Assentamento Itamarati
Fruta já é produzida em escala comercial com apoio de equipe da Agraer
17/09/2025 | Assessoria de Comunicação - Agraer/MS | Aline Lira
Foto: Divulgação/Edson Mondadori/Agraer MS
O cultivo da pitaya, também conhecida como fruta do dragão, foi tema de um Dia de Campo realizado no assentamento Itamarati, em Ponta Porã. A iniciativa foi conduzida pelo técnico da Agraer, engenheiro agrônomo Edson Mondadori, que reuniu agricultores familiares e estudantes da Escola Estadual José Edson.
O evento aconteceu no lote do agricultor Sílvio Ortiz e de sua esposa, dona Maria Aparecida Ortiz, onde está em andamento um projeto de cultivo de um hectare, já implantado com 500 pés da fruta em 250 tutores – a estrutura vertical, como poste de madeira ou concreto que dá base para a planta desenvolver que servem de suporte físico para a planta, que é uma cactácea trepadeira.

“Para nós foi uma alegria receber o Dia de Campo aqui no nosso lote. Aceitamos o convite porque acreditamos que o conhecimento precisa ser compartilhado. Quando um técnico vem, junto com outros produtores e até estudantes, todo mundo aprende junto. Esse tipo de evento fortalece a comunidade, mostra novas possibilidades de produção e dá mais segurança para quem está começando no cultivo da pitaya”, afirmou Sílvio Ortiz.
A pitaya vem se consolidando como alternativa de diversificação produtiva e geração de renda para os agricultores. Na região, já existem produtores que atuam em escala comercial, enquanto outros estão em fase inicial.

O produtor José Isaías, que cultiva a fruta há três anos, compartilhou sua experiência durante o encontro. “A pitaya mudou a forma como eu vejo a agricultura familiar. Hoje tenho 200 tutores, com 400 pés de fruta e já consegui tirar um bom faturamento. Além de ser uma fruta bonita e de fácil aceitação, ela abre novas portas no mercado”.
De acordo com Isaías, o preço de venda da pitaya no comércio local e em Ponta Porã tem variado entre R$ 13,00 e R$ 18,00 por quilo, o que garante boa rentabilidade para o pequeno produtor.

A pesquisa também tem avançado na cultura. A Embrapa já estuda a pitaya há cerca de 20 anos e lançou variedades autopolinizantes, adaptadas ao gosto do consumidor brasileiro, como a BRS Lua do Cerrado, BRS Luz do Cerrado, BRS Granada do Cerrado e BRS Âmbar do Cerrado.
Durante sua explanação, o técnico Edson Mondadori apresentou as principais recomendações para o sucesso do cultivo. “A pitaya exige cuidados específicos, mas oferece grande potencial de mercado. Trabalhamos desde a escolha do local, implantação dos tutores, irrigação, até o manejo de pragas, adubação e polinização manual. O agricultor que investir nessa cultura tem grandes chances de retorno econômico”.

O encontro reuniu 15 assentados e cerca de 30 alunos do ensino médio, que participam da disciplina de Agricultura Familiar ministrada pela professora Cleide de Lima.
Para Mondadori, o envolvimento da juventude é fundamental. “Trazer os jovens para perto da produção é garantir a continuidade do campo e despertar neles a visão de que a agricultura pode ser inovadora e rentável”.