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Segundo dia da 68ª AGO da Asbraer destaca boas práticas da Fiperj, Pesagro-Rio e Emater-Rio


Potencial aquícola e pesqueiro, Ater social, protagonismo feminino e avanços na pesquisa agropecuária fluminense são algumas das ações apresentadas


26/11/2025 | Assessoria de Comunicação - Asbraer | Ana Karoliny Barros


Foto: Ascom/Fiperj

O segundo dia da 68ª Assembleia Geral Ordinária da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer), realizada nesta quarta-feira (26), no Rio de Janeiro, foi marcado pela apresentação das boas práticas das três instituições fluminenses anfitriãs que integram a Rede Asbraer: a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Pesagro-Rio) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-Rio). 


As apresentações mostraram como a integração entre a pesquisa agropecuária, a extensão rural, social e pesqueira, e as políticas públicas se articulam no estado para fortalecer cadeias produtivas, ampliar tecnologias no campo e garantir direitos aos agricultores familiares.


Potencial aquícola do estado


O diretor técnico da FIPERJ, Rodrigo Takata, apresentou um panorama das ações de pesquisa e Ater voltadas à pesca e à aquicultura no Rio de Janeiro. Com 18 escritórios regionais que atendem os 92 municípios do estado, a instituição trabalha atualmente em um modelo integrado no qual pesquisadores e extensionistas atuam juntos no campo, reduzindo a distância entre a demanda e as soluções tecnológicas.


Apresentação da Fiperj com o diretor Rodrigo Takata | Foto: Ascom Fiperj


Takata destacou que o estado vive um momento de forte expansão na aquicultura, especialmente na carcinicultura. “Um produtor conseguiu recentemente a autorização do Ministério da Agricultura para importar as primeiras matrizes de camarão dos Estados Unidos resistentes à doença mancha branca”, lembrou o diretor. Segundo ele, essas matrizes proporcionarão pós-larvas com características diferenciadas nos próximos meses, o que deve posicionar o estado no grupo dos fornecedores nacionais.  


A coordenadora de Pesca da Fiperj, Francyne Vieira | Foto: Ascom Fiperj


Com base em monitoramentos e diagnósticos, a instituição mantém mais de 1.700 unidades aquícolas acompanhadas e um censo atualizado com 300 propriedades cadastradas. Um levantamento georreferenciado identificou outras 560 áreas com potencial produtivo. Entre as iniciativas de destaque está o projeto de maricultura que atende mais de 50 produtores e inclui pesquisa premiada pela Capes em 2025, voltada ao desenvolvimento de um protótipo de depuração para análise microbiológica de moluscos.


A subsecretária de Agricultura do Rio de Janeiro, Ana Paula Caldas, esteve presente e acompanhou a apresentação.


Pesquisa Agropecuária


Além da Fiperj, o Rio de Janeiro conta com uma instituição que trata exclusivamente da pesquisa agropecuária: a Pesagro-Rio. O diretor técnico da empresa, Dr. Silvio Galvão, apresentou o trabalho desenvolvido pelos sete centros estaduais de pesquisa da instituição, que completa 50 anos em janeiro. “O Rio de Janeiro é um estado pequeno do ponto de vista territorial, mas possui diferentes biomas e diferentes ambientes que são desafiadores, que vão desde a baixada úmida até a montanha rochosa”, explicou. Segundo Silvio, dos 92 municípios do estado mais de 60 dependem diretamente da agropecuária e da pesca.


O diretor da Pesagro-Rio, Silvio Galvão | Foto: Ascom Fiperj


A Pesagro atua em áreas como agroenergia, pecuária de leite, agrofloresta, horticultura, qualidade de alimentos, solos e agricultura orgânica. A instituição mantém laboratórios especializados, entre eles o de solos em Itaperuna e o de qualidade de café em Varre-Sai.


Silvio reforçou que o cinquentenário será usado para consolidar a Pesagro como referência regional por meio de um portfólio robusto, alinhado a parcerias com prefeituras, instituições acadêmicas, empresas privadas e grupos de mestrandos e doutorandos, destacando o trabalho desenvolvido ao longo dessas cinco décadas.


Ater social e protagonismo das mulheres rurais


O presidente da Emater-Rio, Marcelo da Costa, apresentou iniciativas institucionais voltadas à ética, transparência, prevenção ao assédio e saúde mental das equipes. Para Costa, “o extensionista é o mestre na arte de falar com o produtor e a gente tem que se aprimorar pra falar internamente, para entender essas exigências”.


Presidente da Emater-Rio, Marcelo da Costa | Foto: Ascom Fiperj


A prioridade de questões sociais também se estende ao atendimento das famílias rurais. A extensionista social, Rosani Staneck, apresentou os resultados do programa de Ater em Cidadania Rural. A metodologia reúne avaliação de impacto, análise de indicadores estratégicos e ações voltadas à formalização de agricultores, equidade de gênero, previdência rural e segurança alimentar. Segundo Rosani, “o social é estratégico”, e garante que agricultores e agricultoras estejam visibilizados nas estatísticas e no acesso a direitos.


Extensionista Rosani e grupo de produtoras atendidas pela Emater-Rio | Foto: Ascom Fiperj


Em 2024, a Emater-Rio atendeu quase 10 mil mulheres e possui 37.976 produtoras cadastradas na base. “Eu amo fazer extensão rural, é muito importante para toda a sociedade e extensão rural se faz com pessoas e recursos. É isso que faz toda a diferença na vida de quem a gente acompanha”, afirmou a extensionista social Aldineia. 


Aldineia acompanha um grupo de 10 de mulheres agricultoras do município de Paty de Alferes, que participaram da assembleia. Produtora há 12 anos, a agricultora Elisângela, que faz parte do grupo, afirma que “sozinha seria impossível chegar aonde eu cheguei e eu acredito que esse é só o início”. 


A Emater-Rio trouxe ainda um panorama das ações de agroecologia, com assentamentos e atendendo comunidades e povos tradicionais no estado, promovendo sustentabilidade e respeitando tradições.



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Segundo dia da 68ª AGO da Asbraer destaca boas práticas da Fiperj, Pesagro-Rio e Emater-Rio