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Ações da Coderse beneficiaram mais de 90 mil sergipanos do campo em 2024


Administrados pela empresa, Ceasa Aracaju e perímetros irrigados geram segurança alimentar e renda no abastecimento das cidades


20/12/2024 | Assessoria de Comunicação - Coderse


Foto - Reprodução Coderse

Da perfuração à instalação de poços, manutenção de dessalinizadores, doação de equipamentos, até o fornecimento de água para irrigação, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) atendeu mais de 90 mil pessoas com seus serviços e ações neste ano. Além das 122 mil toneladas de produtos agrícolas e os 2,4 milhões de litros de leite produzidos nos seus seis perímetros irrigados em 2024. A tendência é que os atendimentos mais do que dobrem nos próximos anos, com a construção dos 108 km da Adutora do Leite e de 14 novas unidades do Programa Água Doce.


A principal atividade da empresa, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), é a operação e manutenção dos perímetros irrigados. São cinco perímetros agrícolas, em que a produção de hortaliças, frutas e grãos, em 2024, superou em 11% o resultado do ano anterior (110 mil toneladas). Já o perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, tem vocação pecuária e produziu 2.389.493 litros de leite, 7% a mais que no ano anterior. No total, esses irrigantes geraram R$ 249 milhões em renda na comercialização da produção.


A maior produção nos perímetros continua sendo a da batata-doce. Presente nos cinco perímetros agrícolas, foram colhidas cerca de 19 mil toneladas da raiz. Quase empatados na segunda e terceira colocação, estão as produções de milho verde e quiabo, com 6,3 e 6,1 mil toneladas colhidas, respectivamente. Destaque para as altas na produção do maracujá, com 184 toneladas e 162% a mais do que o ano anterior; e o feijão-de-corda, que superou a expectativa para o ano e gerou mais de mil toneladas do alimento, com 35% de aumento em relação a 2023.


Abastecimento


São beneficiadas diariamente 14 mil pessoas, com água bruta para irrigação, fornecida pela Coderse em 1.826 unidades produtivas rurais, em sete municípios sergipanos. As mais de 50 culturas agrícolas exploradas, nos seis perímetros, não poderiam ser cultivadas nas regiões mais secas do estado, ou durante todo o ano, sem poder contar com a irrigação. Abastecimento que gera segurança alimentar para a população e renda no campo, em lugares ou épocas antes improdutivas. 


Marcilio Rezende, do assentamento Mário Lago, em Riachuelo, é atendido com a água do Perímetro Irrigado Jacarecica II. No próximo ano, ele vai abastecer o mercado consumidor, colhendo inhame durante a entressafra da raiz. “Com essa água da Coderse, a gente está plantando agora no verão, para ter uma plantação irrigada diferente. No agreste, só se planta inhame no inverno”, conta. 


Desde maio de 2024, a Coderse passou a administrar a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju. Segundo o presidente da empresa, Paulo Sobral, a iniciativa partiu de decisão judicial e aumentou a participação do Governo do Estado no processo de escoamento da produção e abastecimento da população.


“Parte considerável da produção irrigada e de sequeiro de Sergipe, o que inclui o que é produzido nos 41 lotes do Platô de Neópolis, também da Coderse, é levada à Ceasa para abastecer a população, através do comércio varejista de muitas cidades. Assumimos a administração e estamos reestruturando a Ceasa, para que essa função seja executada com mais eficiência, realizando reformas, ampliação e implantação de novos serviços. Além disso, vamos adotar mecanismo de tarifação e controle de entrada e saída de produtos, para que a Ceasa também se mantenha autossustentável”, anuncia Paulo Sobral.


Poços tubulares


Elencadas como ações contínuas da Coderse, em 2024 foram perfurados 40 novos poços tubulares profundos. Serviço complementar à perfuração ou adotado para a recuperação dos poços antigos, houve a realização de 54 bombeamentos de limpeza, com teste de vazão no mesmo período. No total, as duas ações atenderam 23,5 mil pessoas, a partir do investimento conjunto de R$ 1.352.580,68 em recursos do Governo do Estado. Realizados em 28 municípios sergipanos, esses trabalhos também contaram com a cooperação das administrações municipais.


Foram instalados 15 novos poços em 2024. No mesmo ano, a Coderse executou 122 ações de manutenção e 32 recuperações em bombas submersas, caixa de força, tubulação, fiação e reservatórios de sistemas de abastecimento de água. Um total de 54 mil pessoas foram atendidas com essas três modalidades de serviços, a partir de um investimento, com recursos próprios, de R$ 233 mil, mais a contrapartida da maioria dos 34 municípios, onde as ações ocorreram.


Água Doce


O Programa Água Doce (PAD) é uma ação realizada em parceria com o Governo Federal, através do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), para implantação de sistemas de dessalinização, a partir de poços. Em Sergipe. Hoje são 29 unidades em funcionamento, beneficiando 6 mil pessoas do semiárido sergipano com a produção de 17.400 litros de água potável por dia.


É a Seagri que coordena o programa em Sergipe e tem as suas empresas vinculadas como executoras. Através da Coderse, em 2024 houve o monitoramento e manutenção desses 29 sistemas localizados em nove municípios do semiárido sergipano, aplicando R$ 70 mil em recursos do PAD.


Em 2024 também foram iniciadas as obras de construção de três novas unidades do PAD. Atualmente, em 85% da sua execução, irão atender aproximadamente 500 famílias em Porto da Folha, Carira e Poço Verde, a partir do investimento de R$ 1.093.799,63, via Coderse. 

Foi em Sergipe que ocorreu, no último mês de novembro, o IX Encontro Nacional de Capacitação e Integração do Programa Água Doce, com participação dos 10 estados integrantes do PAD. Entre os compromissos assumidos pelo MIDR no evento, R$ 9 milhões foram destinados para o Governo do Estado implantar 11 novos sistemas de dessalinização em Sergipe, a partir de 2025.


Equipamentos


Ainda em 2024, a Coderse iniciou a aquisição para doação de equipamentos que desenvolvem atividades produtivas no interior de Sergipe. A Associação dos Pequenos Produtores e Trabalhadores das Pedreiras (Aspeed), de Tomar do Geru, recebeu um compressor de ar sobre rodas, fruto de emenda parlamentar do então deputado estadual Jorginho Araújo, no valor de R$ 317.333,33. Foram beneficiadas cerca de 250 famílias dos trabalhadores, que passarão a perfurar as rochas de granito em cinco minutos por metro, serviço que levava mais de três horas, sem o novo equipamento.


Adutora do Leite


A Coderse licitou, em 2024, e está fiscalizando os trabalhos da empresa de engenharia, que vai entregar os estudos e projetos para a construção da Adutora do Leite. São previstos 108 km de adutora, desde a captação, em Canindé de São Francisco, até Nossa Senhora da Glória, a partir de um investimento total de R$ 250 milhões.


“Para o próximo ano, está prevista a entrega do projeto para realização da obra, a partir de quando poderemos licitar a construção. Estamos montando esse plano de ação a quatro mãos, Governo e empresa de engenharia, mas também estamos recebendo, em Aracaju, e visitando a população que será assistida pela obra. Para que eles também opinem nas decisões”, reforçou o presidente Paulo Sobral.


A Adutora do Leite fornecerá água bruta para aproximadamente 265 mil animais, sendo 180 mil somente bovinos. A região é uma das maiores bacias leiteiras do Nordeste e a dessedentação animal é uma reivindicação antiga dos produtores. A expectativa é que a produção leiteira dos cinco municípios dobre, quando a adutora passar a fornecer água, a partir de reservatórios e pontos de abastecimento na área rural.


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